A barreira cutânea é uma categoria que vem se tornando uma das maiores preocupações dos consumidores de cosméticos. Isso significa que se trata de um aspecto cada vez mais relevante no que diz respeito aos esforços atuais em inovação cosmética.
À medida que são feitas novas descobertas sobre a composição e as necessidades da barreira cutânea como um todo, a importância dos lipídios também ganha força na ciência cosmética. Por outro lado, conforme a sociedade evolui, surgem novos desafios e targets biológicos. Nesse sentido, devido à crescente urbanização que observamos no cenário global, o efeito da poluição sobre a pele tem sido estudado sob diferentes ângulos. Neste artigo, detalhamos um novo marco na pesquisa cosmética relacionada à barreira cutânea: a peroxidação lipídica da pele e seu impacto sobre os lipídios e como construir adequadamente uma barreira cutânea saudável.
Já se sabe que a peroxidação lipídica está por trás de fenômenos como o envelhecimento precoce e o aumento da perda de água transepidérmica (TEWL). Também tem sido estudado seu impacto direto sobre a microbiota cutânea, um tema cada vez mais relevante para os consumidores de produtos de beleza e diretamente relacionado à visão holística que prevalece atualmente quanto à saúde da pele.
Diante disso, surgem desafios consideráveis, entre eles como conter os efeitos devastadores que fatores como a poluição atmosférica podem ter em todas as camadas da barreira cutânea, começando pela mais superficial, onde se encontra o microbioma. Nesse sentido, o consumidor mais exigente de cosméticos entende que manter um microbioma saudável significa alterá-lo o mínimo possível, permitindo que sua capacidade de autoequilíbrio prevaleça.
Portanto, as necessidades do consumidor em relação aos cuidados com a barreira cutânea estão evoluindo para garantir a integridade da barreira da pele diante dos danos causados pela poluição. E a peroxidação lipídica está no centro desses fenômenos.
Mas qual é o papel da peroxidação lipídica nesse processo e quais são as soluções de ponta disponíveis atualmente para preservar a integridade da pele? Continue a leitura para descobrir.
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Peroxidação lipídica: o que é e como ela ocorre?
A peroxidação lipídica é um processo bioquímico no qual os lipídios são oxidados por espécies reativas de oxigênio (EROS) e subprodutos, como os radicais livres. Esse processo é fundamental para a saúde cutânea, pois os lipídios de cadeia longa, como os triglicerídeos e as ceramidas, desempenham o papel mais importante na função de barreira (brick & mortar) da estrutura da pele.
O processo de peroxidação lipídica é ativado quando as EROS atacam as ligações duplas dos lipídios, resultando em radicais livres de lipídios. Estes, por sua vez, podem reagir com o oxigênio molecular para formar peróxidos lipídicos, compostos altamente reativos capazes de propagar a cadeia de peroxidação. Quanto às causas da peroxidação lipídica, ela pode ser desencadeada por uma série de fatores, principalmente a radiação ultravioleta, a poluição ambiental e o estresse oxidativo — todos eles capazes de gerar radicais livres e espécies reativas de oxigênio que causam danos oxidativos aos lipídios.
Peroxidação lipídica: efeitos na pele
O principal efeito da peroxidação lipídica é a degradação da estrutura e da função das membranas celulares nos lipídios. Por exemplo, no caso do esqualeno — um dos componentes mais presentes no sebo cutâneo —, ele é altamente suscetível à oxidação, transformando-se em hidroperoxisqualeno (Sq-OOH). Nesse caso, sua oxidação causa danos significativos às membranas celulares, alterando a integridade estrutural e funcional das células da pele. Mais especificamente, o esqualeno oxidado está relacionado a alterações nas células epidérmicas induzidas pelos raios UV e distúrbios da pele. Além disso, foi comprovado que ele provoca aspereza na pele, formação de rugas e outros sinais de danos e envelhecimento cutâneo.
Sabe-se, portanto, que a peroxidação lipídica pode comprometer a função de barreira cutânea. Isso ocorre porque tal barreira é composta principalmente de lipídios de cadeia longa para desempenhar sua função protetora, pois eles desempenham um papel crucial na permeabilidade adequada da pele.
Dito de outra forma, os lipídios de cadeia longa são os mais importantes para a função protetora da barreira lipídica, e a peroxidação lipídica impede justamente o alongamento dos lipídios. Ou seja, nos distúrbios cutâneos em que se reduz o comprimento da cadeia lipídica, observa-se uma diminuição no funcionamento da barreira devido a alterações no armazenamento de lipídios, reduzindo, assim, o efeito brick & mortar.
Por sua vez, a peroxidação lipídica também gera preocupações em virtude da sua capacidade de formar radicais livres na pele, desencadeando uma série de eventos que levam à degradação do colágeno e da elastina, importantes proteínas para a estrutura e elasticidade da pele.
SHILOXOME™: o revolucionário ativo natural que protege contra a peroxidação lipídica provocada pela poluição
Tendo em vista a crescente importância dos cuidados com a barreira cutânea e das soluções que vão além da superfície, a Provital desenvolveu o Shiloxome™. Esse ativo é capaz de aprimorar o perfil lipídico do estrato córneo, com uma poderosa ação na restauração da barreira lipídica, reforçando a retenção de umidade e melhorando a elasticidade e a flexibilidade da pele.
O Shiloxome™ não apenas restaura a função de proteção da barreira lipídica, mas também atua como um grande aliado no combate à peroxidação lipídica e, consequentemente, aos sinais visíveis de envelhecimento.
Trata-se de uma inovação disruptiva em vários níveis, a começar pela sua origem biotecnológica. O Shiloxome™ representa o primeiro “ingrediente ecossistema” desenvolvido por meio da nova tecnologia Triplobiome™ da Provital.
Essa inovadora plataforma biotecnológica é capaz de usar endófitos de plantas como fonte para produzir novos e potentes ativos de origem natural e sustentável que vão além dos fermentos tradicionais utilizados até agora na indústria de beleza.
O Shiloxome™ é o resultado do isolamento da levedura endofítica da espécie Kwoniella mangroviensis do interior da casca do sobreiro (Quercus suber). Um ingrediente que aproveita o poder protetor dos endófitos da casca para criar um ativo well-aging reestruturante da barreira cutânea, que age diretamente contra a peroxidação lipídica.
Após a realização de um extenso e inovador estudo lipidômico in vivo com 60 voluntárias moradoras de uma região poluída, a Provital tomou a dianteira na ciência dedicada ao estudo da barreira lipídica.
Os resultados desse estudo mostraram que o ativo previne a peroxidação lipídica induzida pela poluição e, consequentemente, o aumento do comprimento total da cadeia de todo o lipidoma. Especificamente, foram identificados 328 lipídios distintos, dos quais, após uma análise bioinformática, 114 lipídios significativamente diferentes foram detectados com Shiloxome™ na comparação com o placebo e seu nível de peroxidação foi contabilizado. Em seguida, uma análise completa de enriquecimento do lipidoma, na qual foram avaliadas distintas propriedades do perfil lipídico (classe lipídica, comprimento da cadeia e insaturação), revelou que o Shiloxome™ melhora o perfil lipídico geral da pele após 56 dias de tratamento.
Assim, o perfil do lipidoma é modulado em direção aos lipídios com cadeias mais longas, melhorando, em última instância, a função protetora da barreira cutânea em ambientes poluídos e contribuindo para a reestruturação de uma pele jovem e saudável.
Ou seja, o Shiloxome™ se destaca como uma das inovações mais promissoras na interseção entre ciência cosmética e natureza. Sua profunda ação protetora representa um novo marco nas possibilidades oferecidas pelos produtos cosméticos aos consumidores — cada vez mais bem informados e preocupados em adquirir produtos altamente eficazes, mas também sustentáveis e em sintonia com os vínculos entre saúde da pele e natureza.
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