A mudança de foco do antienvelhecimento para o well-aging trouxe muitas transformações positivas para a indústria de cosméticos. Nesse sentido, a abordagem da relação entre radicais livres e envelhecimento sob a perspectiva da prevenção é uma das mais promissoras.
Esse novo paradigma, cujo objetivo é promover uma pele saudável em todas as fases da vida, coloca no centro o conhecimento preciso dos mecanismos de envelhecimento e sua ligação com os radicais livres.
Sabe-se, hoje em dia, que é imprescindível abordar o envelhecimento a partir de uma perspectiva que inclua fatores como estresse, alimentação e exposição a elementos ambientais. Em um momento em que a poluição representa uma ameaça crescente à saúde da pele, é fundamental compreender a ação dos radicais livres como primeiro passo para gerar uma proteção efetiva.
Os atuais avanços na ciência cosmética vão além da simples atenuação das rugas, concentrando-se em processos complexos, como o vínculo entre radicais livres e envelhecimento.
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Relação entre radicais livres e envelhecimento
Os radicais livres são moléculas altamente reativas que contêm pelo menos um elétron desemparelhado. Os mais comuns são os radicais livres de oxigênio, que incluem espécies como o superóxido (O2•-), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical hidroxila (•OH). Essas espécies reativas de oxigênio (ou EROS) são produzidas naturalmente no corpo como subprodutos do metabolismo celular, embora também possam ser introduzidas por fatores externos, como radiação ultravioleta, poluição ambiental, tabagismo, entre outros.
Os radicais livres têm a capacidade de danificar as células, desencadeando a deterioração celular e funcional — o chamado estresse oxidativo. Isso ocorre porque as moléculas de EROS são capazes de reagir com proteínas, lipídios e material genético (DNA). Nesse contexto, o processo conhecido como peroxidação lipídica é um exemplo particularmente importante para a pele, pois os lipídios de cadeia longa, como os triglicerídeos e as ceramidas, desempenham um papel crucial na função de barreira (brick & mortar) da estrutura cutânea. Quando há um processo de lipoperoxidação, o alongamento das cadeias de lipídios é alterado, levando a uma diminuição dessa função protetora.
No entanto, o corpo humano e a pele têm a capacidade de neutralizar esse efeito por meio de antioxidantes, em um delicado equilíbrio que revela a verdadeira “inteligência” dos tecidos celulares e da pele humana. Tal equilíbrio entre a produção de EROS e a capacidade do corpo de neutralizá-los pode, entretanto, ser alterado de diversas formas. A superexposição aos radicais livres ou o próprio envelhecimento são duas das causas mais relevantes.
Assim, o envelhecimento da pele como um processo natural envolve uma menor capacidade de neutralizar os radicais livres e, portanto, um aumento do estresse oxidativo e do dano celular. Isso se aplica especialmente em determinadas etapas da vida — por exemplo, durante a menopausa, quando a pele se torna mais vulnerável a fatores de estresse ambiental.
Por sua vez, esse processo pode ser acelerado por fatores como a exposição a poluentes atmosféricos, que geram uma produção acentuada de EROS.
Nesse sentido, compreender o vínculo entre radicais livres e envelhecimento tem sido fundamental, pois é justamente na raiz desse mecanismo que estão as respostas mais promissoras no campo do well-aging.
Radicais livres e envelhecimento: efeitos na pele
- O estresse oxidativo causado pelos radicais livres danifica as fibras de colágeno e elastina da pele, que proporcionam estrutura e elasticidade à pele. Esse dano faz com que a pele perca firmeza e elasticidade, levando à formação de rugas e linhas de expressão.
- Tal dano também pode contribuir para a produção excessiva de melanina, provocando o aparecimento de manchas escuras ou a hiperpigmentação na pele.
- A barreira cutânea danificada pelos radicais livres se traduz na perda de hidratação por meio de um processo conhecido como Transepidermal Water Loss (Perda Transepidérmica de Água) ou TEWL.
- A pele danificada pelos radicais livres também é mais sensível a fatores ambientais e mais vulnerável a irritações e inflamações.
Ciência cosmética e tecnologia unidas contra os radicais livres e o envelhecimento
Comprometida com cosméticos naturais inovadores que incorporam os ideais de well-aging e proporcionam resultados reais, a Provital desenvolveu o Shiloxome™. Um ativo antipoluição e reestruturante da barreira cutânea que protege a pele dos poluentes ambientais, ao mesmo tempo que preserva a barreira do microbioma.
Shiloxome™ é resultado da nossa plataforma biotecnológica Triplobiome™ Technology, um avanço revolucionário que facilita o uso de endófitos para o desenvolvimento de ingredientes ativos em cosméticos. Nesse caso específico, isolamos a levedura endofítica da espécie Kwoniella mangroviensis do interior da casca do sobreiro (Quercus suber), capaz de proteger as partes vivas da árvore, defendendo-as contra patógenos e promovendo a adaptação às mudanças climáticas.
Shiloxome™ aproveita esse poder protetor para criar um ativo well-aging que age preventiva e corretivamente no nível das células epidérmicas e dérmicas da pele, tornando-se um aliado indispensável no combate aos efeitos negativos dos radicais livres e envelhecimento.
Nossos resultados in vitro são claros quanto ao efeito protetor contra a poluição. Em um primeiro estudo, quantificamos os níveis de EROS e a expressão de genes envolvidos na resposta inflamatória após o tratamento de queratinócitos expostos ao Urban Dust® — uma mistura de poluentes atmosféricos comuns da área de Washington D.C. — como fator de estresse. Assim, enquanto a poluição gera uma intensa produção de EROS, o tratamento dessas células com Shiloxome™ evita de maneira significativa a sua formação. Além disso, o ativo também demonstrou um impacto dose-dependente na prevenção do aumento de cinco mediadores pró-inflamatórios conhecidos (CCL5, COX2, CSF2, GRO1 e TNF-α), cuja expressão gênica nos queratinócitos havia aumentado após a exposição ao Urban Dust®.
Em relação à quantificação da atividade well-aging do Shiloxome™, uma segunda análise in vitro do transcriptoma completo foi realizada por RNA-Seq em fibroblastos envelhecidos (FDH). Isso revelou que o Shiloxome™ altera aproximadamente 400 genes relacionados aos processos celulares e, após uma análise bioinformática posterior bastante complexa, quantificamos as vias celulares que o Shiloxome™ ativa de forma mais significativa. Assim, foi descoberto que o Shiloxome™ tem um impacto excepcional na remodelação da estrutura e funcionamento da pele. Além disso, comprovou-se também o efeito do Shiloxome™ na produção de colágeno e elastina ao analisarmos o conteúdo de ambas as proteínas em FDHs após o tratamento com Shiloxome™, com resultados de mais de 14% no nível de proteínas de elastina e mais de 23% no nível de colágeno I.
Por fim, a análise de eficácia in vivo evidenciou a capacidade desse ativo em melhorar o envelhecimento da pele exposta a poluentes. Em um painel composto por mulheres em diferentes estágios da menopausa e que vivem em uma cidade altamente poluída, os resultados dos diferentes testes instrumentais mostraram melhorias significativas nos seguintes parâmetros-chave do envelhecimento da pele:
- Diminuição da TEWL (-3,9% vs. placebo), o método de medição objetivo para avaliar a recuperação da função de barreira da pele.
- Aumento da luminosidade (-16,6% vs. placebo)
- Tom de pele mais uniforme (-4,5% na variação de cor vs. placebo)
- Microestrutura rejuvenescida, medida pela isotropia da superfície cutânea (+4,3% vs. placebo)
- Restabelecimento da elasticidade da pele na disposição das fibras (-7,6%), recuperação da elasticidade (+5,8%) e fadiga elástica (-7,5%), todos vs. placebo.
De fato, esse ingrediente ativo representa um avanço excepcional para combater visivelmente os sinais de envelhecimento, melhorando asbarreiras naturais da pele e protegendo-a da poluição e dos radicais livres.
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