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Óleo mineral para pele: conheça alternativas naturais

Diversos óleos vegetais vêm se mostrando eficientes como alternativas naturais ao óleo mineral para pele.

Os óleos minerais têm sido amplamente utilizados na indústria cosmética. Quando refinados adequadamente, são considerados seguros por órgãos regulatórios como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), FDA (Food and Drug Administration) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Recentemente, no entanto, os consumidores têm buscado alternativas ao óleo mineral para pele. Uma das razões disso tem a ver com a origem petrolífera desse tipo de óleo. Tal fator tem se tornado cada vez mais crítico aos olhos dos consumidores que se preocupam com as questões ligadas à sustentabilidade e dão preferência aos óleos vegetais no seu dia a dia.

Diante dessas mudanças no comportamento dos consumidores, a indústria cosmética também está ativamente à procura de opções ao óleo mineral. Essa tendência se reflete no aumento do número de produtos que apresentam o rótulo “livre de óleo mineral/petróleo”, conforme apontam pesquisas realizadas pela Mintel. É possível verificar tal crescimento nas principais categorias de cosméticos, especialmente em produtos de maquiagem, que registram um aumento de 164,7%.

Nesse contexto, um número crescente de opções no nicho da beleza botânica oferece uma perspectiva positiva no horizonte de alternativas ao óleo mineral para pele.

Óleo mineral para pele: o que é e como ele é usado em cosméticos?

O óleo mineral é um óleo incolor e inodoro derivado do refino do petróleo bruto, amplamente utilizado em diferentes nichos de mercado.

No que se diz respeito ao setor cosmético, o óleo mineral passa por um processo de refinação completo até se transformar no que se denomina “óleo mineral branco” — uma substância altamente purificada, livre de impurezas e que atende aos padrões regulatórios aplicáveis.

A aplicação do óleo mineral para pele oferece diversos benefícios. Com propriedades hidratantes, ele atua como um agente oclusivo eficaz, formando uma barreira na superfície da pele que impede a perda de umidade. Além disso, como parte da categoria dos emolientes, ajuda a suavizar a pele. O óleo mineral também é conhecido como um ingrediente inerte e estável para formulações cosméticas, sendo capaz de manter a integridade dos produtos, além de também atuar como solvente.

Por que buscar alternativas ao óleo mineral para pele?

Como mencionamos acima, o óleo mineral tem sido amplamente utilizado em cosméticos como uma opção eficaz e econômica para fórmulas hidratantes. Ao analisar o mecanismo por trás dessa propriedade hidratante, é importante entender que esse tipo de óleo atua como agente oclusivo e, consequentemente, diminui a perda transepidérmica de água (TEWL). Por outro lado, apresenta pouca capacidade de penetrar na pele, o que o distancia das tendências avançadas de hidratação, como o hydro boosting.

Assim como foi dito anteriormente, a missão de encontrar alternativas ao óleo mineral para pele é impulsionada em parte pelo desejo de reduzir o uso do petróleo em benefício de fontes vegetais. Entretanto, outro fator que explica esse movimento é a ampliação do saber científico sobre os mecanismos de hidratação. Conforme revelam alguns estudos, determinados óleos vegetais proporcionam maior hidratação, além de ser capazes de penetrar mais profundamente na pele graças às suas estruturas químicas de tamanho reduzido.

Além disso, aqueles que buscam alternativas ao óleo mineral podem experimentar uma ampla gama de benefícios que os óleos vegetais oferecem, com uma abordagem holística para os cuidados da pele que vai além da TEWL.

Qual seria uma boa alternativa ao óleo mineral para pele?

Diversos óleos vegetais podem ser considerados alternativas eficazes ao óleo mineral para pele: desde o óleo de jojoba, com sua textura semelhante ao sebo natural da pele, até o óleo de coco, com sua profunda capacidade de nutrição e hidratação, além do óleo de argan e sua rica atividade antioxidante.

Nesse contexto, destaca-se também a manteiga de karité. Derivada da árvore de karité (Butyrospermum parkii), a manteiga feita da semente dessa planta é naturalmente rica em material gorduroso, sendo bastante utilizada na indústria cosmética e alimentícia.

Trata-se de um excelente emoliente tanto para o skincare quanto para os cuidados capilares por conter triglicerídeos e substâncias insaponificáveis.

Como um poderoso emoliente, a manteiga de karité é capaz de preencher os espaços entre os corneócitos sem atuar como um agente oclusivo, reparando a pele, melhorando sua permeabilidade e, assim, aprimorando sua função de barreira. Isso vale especialmente para a pele seca, que geralmente apresenta rachaduras e dificuldades para manter sua integridade.

A ação da manteiga de karité é reforçada por componentes como a vitamina E e o ácido linoleico (ácidos graxos essenciais ou AGEs), restaurando ainda mais a integridade estrutural e a função das membranas celulares. Isso porque deficiências ligadas aos AGEs provocam efeitos fisiológicos como hiperproliferação epidérmica (que resulta em uma aparência escamosa da pele), além de danos à estrutura de barreira da pele, o que aumenta, consequentemente, a perda transepidérmica de água. 

Entre outras vantagens, vale destacar também as propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e fotoprotetora observadas na manteiga de karité.

Em resumo, esse ingrediente natural se destaca como um aliado fundamental na formulação de produtos cosméticos que vão além da busca por alternativas ao óleo mineral para pele, proporcionando reparação profunda e condicionamento tanto para o skincare quanto para os cuidados capilares.

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